terça-feira, 8 de junho de 2010

Medidas para combater a erosão

            Apesar do problema que se prende com a erosão da costa , existem maneiras para combater ou diminuir este problema.
           
                       • Ordenamento de território, que consiste num conjunto de processos de organização do espaço biofísico, que tem como objectivo a sua ocupação, bem como utilização e transformação de acordo com as suas capacidades.


                        • Construção de paredões, esporões e quebra – mares

Paredões são estruturas paralelas á linha de costa que se destina a evitar o efeito abrasivo nas costas.

Esporões, tratam - se de estruturas transversais que servem para evitar o afastamento de sedimentos e areias, que permitem uma reorientação da costa, reduzindo a intensidade do transporte e reequilibrando o balanço aluvionar.  Os esporões são usados na estabilização da costa, em certos casos em conjunto com a alimentação artificial.

Quebra – mares, consiste em estruturas aderentes ou destacadas. Este meio tem a capacidade de despender energia e de proporcionar condições para o deposito das áreas entre a linha de costa e a estrutura, modifica também o transporte longitudinal e transversal, que permite controlar e corrigir os locais onde existe erosão.

São colocados em zonas onde a energia da agitação marítima e as amplitudes da maré são moderadas ou reduzidas.

                      • Estabilização de arribas

                      • Alimentação artificial das praias com inertes, a transferência artificial dos sedimentos do norte para o sul, re - alimentação artificializada das praias, com sedimentos de granolumetria adequada , a praia é usada para dissipar a energia das ondas. Usa – se para alargar as praias, construindo praias artificiais ou diminuir o défice aluvionar.
                     • Recuperação de dunas, bem como a sua melhor manutenção e mais intensificada


         A aplicação desta soluções dependem de factores como o transito sedimentar, a agitação marítima, o regime das mares, a morfologia geológica da costa, o perfil arenoso, as suas características e as obras realizadas anteriormente.

                     
                          Medidas usadas em Portugal

• efectuar intervenções de índole protectora de cariz dito ligeiro (realimenteção, "by-passing", reconstrução das dunas , etc.) nos trechos costeiros de maior importância

• efectuar uma gestão da faixa litoral que tenha em atenção os riscos naturais, nomeadamente a elevação do nível do mar e o recuo da linha de costa.

             Este processo " preconiza que, de algum modo, se minimizem os factores degradados devido às actividades antrópicas ou seja á ocupação do espaço pelo homem que modifica as paisagens naturais. Por outro lado, que se adaptem as actividades socio-económicas à realidade actual.

            Trata-se de "solução" muito dispendiosa, que exige investimentos continuados ao longo do tempo.
 
            É uma "solução" defensável do ponto de vista ambiental visto que tende a utilizar processos semelhantes aos do funcionamento da Natureza e/ou aadaptação a esses processos naturais, por forma a atingir-se um novo equilíbrio dinâmico.

              Mas será que muitos destes métodos não irão prejudicar de outra forma desenvolvendo outro tipo de problemas nas costas?




fonte: http://w3.ualg.pt/~jdias/JAD/ebooks/Ambicost/5_Ambicost-NMM.pdf /medidas de prevenção para a erosão da costa, revisto em 8 de Junho 2010

6 comentários:

  1. Podia-se optar por uma re-alimentação da praia, quando o local estiver muito erodido, retira-se areia de sítios onde seja predominante a acrecção, fazendo com que as intervenções sejam mais harmoniosas com a Natureza, e não com a construções de esporões que causa elevados desiquilibros ambientais

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  2. Conheçam uma nova solução para o combate à erosão; são os SACOS ERONOT, geotextil em forma de sacos, destinado ao combate à erosão, estabilização de encostas e até formação de açudes. Visitem www.eronot.com.br e saibam mais.

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  3. Olá colegas,

    sim de facto existem medidas para minimizar a problemática e parece-me que a questão do ordenamento do território é uma medida bastante sensata.
    No entanto, em zonas mais antigas temos observado que só depois de vidas colocadas em perigo e na eminência da perda de bens é que as autoridades se lembram de fazer alguma coisa.
    Segundo a faculdade de ciências sociais da Universidade do Porto, uma das principais causas da erosão é a retirada de areia das praias pelo homem, do meu ponto de vista parece-me absurdo que andemos a retirar areias para a construção civil de forma desiquilibrada. No fundo o que pretendo dizer é que pelas notícias, considero que o organismo responsável pela gestão do litoral terá de aumentar os esforços para alcançar o «equilíbrio dinâmico» que referem.

    Relativamente ao post sobre os sacos ERONOT, talvez seja uma solução. No entanto, concordo que sempre que possível deve-se «utilizar processos semelhantes aos do funcionamento da Natureza e/ou adaptação a esses processos naturais» por ser mais harmonioso.

    Continuação de bom trabalho!
    Mónica Mogne

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  4. O grupo considera que este é um problema que deve ser tratado com bastante seriedade, pois, como já referido num post anterior, a nossa costa é sem dúvida, um diamante para o nosso país.

    Concordamos com aquilo que a colega Mónica Mogne refere relativamente ao tratamento deste problema de forma natural, pois se o Homem reduzir as suas acções na zona costeira, estas consequências seriam minimizadas.

    Contudo, a erosão da costa não se deve apenas à acção do Homem. Segundo um estudo realizado por J. M. Alveirinho Dias (1993), “grande parte da elevação do nível do mar verificada em Portugal no decurso do último meio século é, muito provavelmente, devida à expansão térmica do oceano, isto é, causada pelo aumento de volume da água do Atlântico Norte induzido pelo aumento da temperatura atmosférica.” Deste modo, é então importante que o Homem tenha alternativas para solucionar esta problemática.

    Continuação de bom trabalho!

    Fonte:http://w3.ualg.pt/~jdias/JAD/ebooks/Ambicost/4_Ambicost_Causas%20Er.pdf, consultado a 10 de Junho de 2010

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  5. Boa tarde caras colegas,

    apresentando um balanço final da vossa dinamização do blog, relativo às zonas costeiras, o nosso grupo considera que todas as áreas de Portugal e, neste caso, as zonas costeiras devem ser protegidas de modo a que, a acção humana não prejudique de todo o nosso ambiente.
    Assim, as medidas de ordenamento do território devem ser implementadas para que, o nosso desenvolvimento seja possível e conciliável com o ambiente.
    Em suma, todas as temáticas já abordadas devem ser promotoras de um desenvolvimento sustentável, preservando o país e o próprio planeta.

    Ana Moreno, Daniela Santos, Joana Évora e Galrinho

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  6. Relativamente a este vosso ultimo post, o nosso grupo conseguiu conhecer e compreender melhor as medidas utilizadas para combater a erosão das zonas costeiras, uma vez que, cada vez mais a nossa zona costeira tem sofrido bastantes alterações. Mas, tal como acontece em grande parte das medidas, há sempre algo que vai contrapor algo.
    Nós sabemos que as zonas costeiras constituem ecossistemas únicos e irreconstituíveis à escala humana, resultantes de uma longa evolução, de milhões de anos. Por isso, ao criarem paredões, esporões ou quebra-mares, achamos que estes ecossistemas, que vivem dos sedimentos trazidos pelo mar, vão sofrer alterações, ou até mesmo deixarem de existir.
    A observação das linhas de costa permite apreciar o trabalho do mar sobre o litoral e formas de acumulação de sedimentos. Nesta, existe sempre uma interacção de forças destrutivas e construtivas. A implementação destas construções na costa, vão minimizar o problema da erosão no local em questão, mas vão agravar estes problemas nas zonas adjacentes à mesma.
    Por isso, o grupo acha que, devemos preservar o património litoral da erosão marítima, mas consideramos que esta não é a melhor opção, uma vez que o abrandamento do movimento do mar, pode ter alterações muito acentuadas nos ecossistemas e tal como referimos, o problemas seria apenas solucionado numa determinada zona, sendo agravada noutras. Nós, seres humanos é que temos de nos consciencializar que temos obrigatoriamente de respeitar a natureza e os seus ciclos naturais. Se evitássemos construções em zonas em risco de erosão, por exemplo, não terias vidas humanas em risco e não teríamos necessidade de recorrer a este tipo de estratégias.

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